Se passasses por Jaimie Wilson na rua ias, provavelmente, pensar: ‘Uau, que borracho!’ Com um corpo musculado, olhos azuis e barba, nunca irias adivinhar que ele integra um grupo de cerca de 1,4 milhões de transgéneros a viver, atualmente, nos Estados Unidos.
Em 2015, Jaimie deu início ao processo de mudança, provocando uma onda de choque junto de familiares e amigos. “No início, tinha medo de me assumir como transgénero, porque não tinha dado ‘sinais’ nenhuns, como me diziam…”, pode ler-se na sua página de Instagram, onde, atualmente, conta com cerca de 300 mil seguidores.
Depois de um período de tratamento com testosterona que demorou cerca de dois anos, cirurgia e trabalho de ginásio, conseguiu o objetivo: ser o homem com que sempre sonhou.
Apesar de todo o processo ter sido doloroso e louvável, tantos os seus familiares, como os seus amigos se afastaram, alegando que o processo de mudança nunca iria dar certo, uma vez ser demasiado feminino… Hoje, Jaimie não só se orgulha de todo o trabalho que está para trás, como recebe apoio na comunidade transgénica, sendo que, ironicamente, alguns deles o criticam por ter um ar demasiado masculino.
Numa entrevista que concedeu à revista feminina Cosmopolitan em março deste ano, confessa que “as pessoas dizem que eu me estou a esforçar demasiado…”
No fundo, a mensagem que o aspirante a artista de country quer passar é simples: “Não devemos ser o que as outras pessoas esperam de nós, mas quem acreditamos ser”, diz.
Com concerto marcado para o festival de música Sziget Festival, em Budapeste, no próximo mês de agosto, partilhando o palco com nomes como The Chainsmokers, P!nk, e Wiz Khalifa, Jaimie busca a felicidade, como todos nós.